“Na verdade o homem é o seu próprio universo
aonde seus ideais começam e findam
a partir de sua própria compreensão.”
Somos massa física que enclausurada
no tempo e no espaço
fazemos de nosso cotidiano
nossas vitorias ou fracassos.
Não somos homens de aço,
por isto abatemo-nos em nossos fracassos,
ou jubilamos com as vitórias...
Na verdade somos apenas coadjuvantes
figurantes na história
que para nós é sempre a única
em que somos os principais,
mas ignoramos que somos apenas
efêmeros seres,
ignóbeis aos demais...
Sei que somos importantes
sei que isto é relevante,
mas vivemos muito pouco,
isto é tão significante.
Nós morremos a todo instante
toda hora sem parar,
enterramos nossos mortos
depois de morremos com a sua morte,
mas tivemos maior sorte
nos restando só chorar,
já que não foi nós quem morremos,
mesmo assim nós imploramos
querendo morrer em seu lugar!
Mas quando chega a nossa vez
agarramo-nos a vida
como se dela fossemos donos
e vivemos absoluto
este é o maior engano
pois aquilo que era nosso
sei nunca nos pertenceu
a vida é apenas uma dádiva
um presente de Deus...
Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez,
chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado,
pois cedo se corta e vamos voando.
Salmos, 90: 10
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