segunda-feira, 23 de abril de 2018

Não somos homens de aço



“Na verdade o homem é o seu próprio universo
aonde seus ideais começam e findam
a partir de sua própria compreensão.”

Somos massa física que enclausurada
no tempo e no espaço
fazemos de nosso cotidiano
nossas vitorias ou fracassos.


Não somos homens de aço,
por isto abatemo-nos em nossos fracassos,
ou jubilamos com as vitórias...


Na verdade somos apenas coadjuvantes
figurantes na história
que para nós é sempre a única
em que somos os principais,
mas ignoramos que somos apenas
efêmeros seres,
ignóbeis aos demais...


Sei que somos importantes
sei que isto é relevante,
mas vivemos muito pouco,
isto é tão significante.


Nós morremos a todo instante
toda hora sem parar,
enterramos nossos mortos
depois de morremos com a sua morte,
mas tivemos maior sorte
nos restando só chorar,
já que não foi nós quem morremos,
mesmo assim nós imploramos
querendo morrer em seu lugar!


Mas quando chega a nossa vez
agarramo-nos a vida
como se dela fossemos donos
e vivemos absoluto
este é o maior engano
pois aquilo que era nosso
sei nunca nos pertenceu
a vida é apenas uma dádiva

um presente de Deus...


Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, 
chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado,
 pois cedo se corta e vamos voando.
Salmos, 90: 10

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