terça-feira, 21 de agosto de 2018

O mendigo & eu! ...



Talvez se ouvíssemos mais o som dos nossos corações,
talvez se enxergássemos mais a beleza das nossas almas,
talvez se não fossemos tão escravos do nosso orgulho
e não julgássemos de forma precipitada! ...

Talvez se em nosso juízo de valor
avaliássemos a partir de nossos próprios defeitos
dirimiríamos bem mais o tão hediondo preconceito.

Se respeitássemos mais o direito dos outros
ainda que discrepante aos nossos
e mesmo que não concordássemos
entenderíamos quê!

... Temos todo direito de discordamos uns dos outros
desde que respeitemos mutuamente,
uns aos outros.

Talvez até parecêssemos mais gente
deixaríamos de sermos tão indiferentes
em nosso silencioso e crônico egocentrismo.

Eu parei diante de um mendigo na rua
que contumaz mendigava e ficava na sua
parecia o dono desta rua
na verdade a rua era mais sua do que minha,

pois a rua que ele vivia
tornou seu habitat natural
tentei penetrar no seu inexpugnável mundo
pensando ter algo a oferecer
mas vi minha esperança morrer

já que diante dele
o mendigo era eu

que suplicava a sua atenção.

E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.

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