Outro
dia eu fiquei intrigado
sinceramente
bastante sensibilizado
de
certa forma até mesmo preocupado
enquanto
gentilmente era interrogado ...
Indagava-me
o indeciso cidadão
trazia
caneta e papel em sua mão
fazia
constrangido a sua interrogação
ossos
do oficio de sua profissão.
Ele
temia chamar-me de negro
e
ser taxado de preconceituoso
muito
menos chamar-me de preto
seria
ainda mais desastroso.
Não
podia me chamar de moreno escuro
este
adjetivo é mais obscuro
meu
Deus ele estava tão inseguro!
Chegava
até mesmo a tremer
enquanto
estava a escrever
minha
cor não queria dizer
cabisbaixo
sem querer me ver!
Poderia
me chamar de pardinho
era
só ele dizer com carinho,
mas
se falasse pretinho
e
alguém o ouvisse falar
seu
mundo iria desabar
iriam
com ele acabar!
Negro,
preto, pardo ou moreno
que
terrível absinto veneno
e
ele me olhava tremendo
parece
que estava morrendo! ...
Depois
de tanto sofrer
com
receio de minha cor o comprometer
angustiado
começou a lamentar
por
não saber como me denotar!
Então
aliviei seu dilema
de
uma vez por todas
resolvi
o problema!
Me
chama pelo nome
não
há nada demais
pois
a cor para mim tanto faz!
A
cor não traduz quem eu sou
e
sim o caráter que está sob ela
é a
moral e a dignidade em mim
que
faz minha cor ser mais bela
Não
sou o que falam de mim
mas
sim o que por dentro o sou
me
sinto importante isto sim
eu
sou o que eu sei que eu sou!
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