Minha
terra tem palmeiras,
onde canta o sabiá;
as aves, que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
nossas várzeas têm mais flores,
nossos bosques têm mais vida,
nossa vida mais amores....
******
...Vivemos
uma ditadura abstrata
que nos
envergonha pelo nosso passado
e deturpa
o nosso presente
compromete
o nosso futuro.
Que
segrega os nossos valores
adultera
a nossa moral
vilipendia
os bons costume
nos
ludibriando descaradamente.
Perdeu-se
o bom senso
e nós
assim tão passivamente
de
maneira estupida e insensatamente
omitimo-nos
contumazmente.
Poderia
ser tão diferente
se a
gente
acreditasse
um pouco mais na gente
exigíssemos
um pouco mais da gente
não
aceitássemos comodamente
a tudo
isto que é feito com a gente
e a gente...
Nós?!...
Somos
apenas gente
que
virou massa de manobra
pobre
povo maleável
que
esqueceu-se de viver
de uma
forma proativa.
Minha
terra tem palmeiras
onde
canta o sabia
e os
heróis que aqui peleiam
não
labutam como os que labutavam lá
e a
esperança de vitória
de ver
mudar a nossa história
vi
morrer com os nossos heróis
que contaram
a sua história,
pois
jamais imaginariam
ao nível
que desceria
aqueles
que os substituíram
hoje gananciosamente
nos ludibriam.
Vou voltar
para o passado
abstrair-me
com Gonçalves dias,
e na
canção do meu exílio
me
sentir menos exilado
pois
minha terra tem palmeiras
onde
canta o sabiá.
Suas historias
reviver
e
acreditar que já tivemos gente
amava esta
nação
vou
tentar ser Gonsalves dias
para a
minha geração
e fazer
dos meus poemas
minha
triste desilusão.
******
Não permita Deus que eu morra,
Não permita Deus que eu morra,
sem que eu volte para lá;
sem que desfrute os primores
que não encontro por cá;
sem qu'inda aviste as
palmeiras
onde canta o sabiá.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna.
-João, 3:16-
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