terça-feira, 28 de junho de 2016

Dízimos & ofertas, 1ª parte.














O legado do velho Abraão

Vou pegar minha semente
pra plantar no meu quintal
vai nascer muito dinheiro
pra aumentar meu capital

vou entra nesta campanha
engrossar a minha banha
e andar “gordo e obeso”
quero ser homem de peso

vou ter carros importados
vou querer ter avião
quero ser um homem rico
além de ter a salvação


vou fazer o sacrifício
minha oferta entregar
vou pegar tudo que tenho
e colocá-lo no altar

quero a Deus desafiar
vou lhe dar muito dinheiro
ele vai ter que me reembolsar


se sou filho é do rei
este rei chama Jesus
ele não é um miserável
não está mais lá cruz

mas vai ser para sua gloria
todo bem que ele me der
vou provar pra todo mundo
que eu sou homem de fé

acredite quem quiser
pois vou ser rico humilde
para gloria de Jesus
e ainda que não ache a rima


... E quando ver um pobre irmão
vou ficar com muita pena
vou dobrar o meu joelho
e orar pro seu dilema

**************

Deus em sua exuberante e inefável sabedoria deixa-nos exemplos que são de extrema importância e parece contraditório ao que escrevi nas paginas anteriores quando denunciei ensinamentos deturpados ministrados nesta teologia da prosperidade.
Contraditório pelo fato de eu ser renitentemente em relação a certos exageros que infelizmente tem germinado uma consciência materialista que beira ao hedonismo “palavra tão enfatizada por mim”.
É bom que fique esclarecido que não estou acusando este ou aquele seguimento religioso a verdade é que sempre houve e sempre haverá excessos, a igreja é formada por homens, porém o que mantém as expectativas de Deus deve-se ao fato de ele saber que mesmo sendo esta igreja falha, por amor a Jesus ela esta sempre buscando se aperfeiçoar o que faz com que este amor incomensurável de Deus se manifeste todas as vezes que percebe um coração sincero buscando santificar-se, uma alma disposta a descer à casa do oleiro.
Voltando ao assunto de inicio, a contradição vem justamente porque o exemplo que citarei está em uma colheita e poderia até mesmo mencionar um caroço de manga que lancei sobre a terra. É incrível, inacreditável, como um caroço descartável de uma manga gerou tantos frutos! 
Obviamente não há como colher se nunca se plantou e no caso da terra fértil chamada Jesus o ingrediente principal tem que ser paciência e o amor acima de tudo.
O apostolo Paulo testifica que quem pouco plantar pouco haverá de colher (2º Co. 9: 06), é terrível, é angustiante saber que fizeram de um texto analógico uma doutrina...
 Baseado nesta questão então, eu deveria referendar outra doutrina que se evidencia nos Estados Unidos, em que os adeptos têm o hábito de pegarem em serpentes, Já que houve até mesmo o caso de um Pastor que realizava culto com cobra morrer picado por uma cascavel, pois baseado em (Marc, 16: 17 – 18), sua igreja estimulava os fiéis a falar idiomas desconhecidos e a manusear serpentes.
Mas voltando ao que o apostolo Paulo deixou testificado aos Coríntios (2º Co. 9: 06)! Não adianta fazer deste versículo uma doutrina e ainda por cima inserir sementes cheias de agrotóxicos, pois ainda que se plante uma quantidade imensurável “a terra é pura e rejeitará imediatamente estas sementes” elas tornar-se-ão estéreis.
Quando faço esta analogia a respeito das sementes eu aludo este agrotóxico à ambição ganância desonestidade, eu não posso deixar de citar um versículo mais pertinente do que o de (1º Tm. 6: 10)
Todo aquele que planta e ao plantar coloca o adubo certo sobre sua semente, ou seja, o mais sincero sentimento altruísta fazendo-o com o coração derramando amor!
E neste caso, amor não apenas para com Deus, mas para com a obra de Deus, e a igreja é obra do amor de Deus, é bom que se diga sempre que o amor tem que ser incondicional sem qualquer sentimento obscuro de capitalismo, “mais bem aventurada coisa é dar do que receber (At. 20: 35”). Segundo o apostolo Paulo estas são palavras do próprio Jesus Cristo, e de oferta ele entende mais do que qualquer ser existente, pois ele doou a si mesmo e com ele veio o seu incomensurável coração de ouro cravado de diamantes, se bem que este valor é ínfimo mediante ao verdadeiro valor que se institui o seu coração.
“Os diamantes são raros, de valores tão caros, mas que nada valem para quem não sabe dar o devido valor...”.
Jamais seria prudente ou sincero da parte de alguém se este desviasse seu dízimo sua oferta para outro lugar que não fosse a sua própria congregação onde ele cultua a Deus, ele pode até abençoar a um irmão se sentir no coração fazê-lo, mas é imprescindível que ele seja fiel à igreja a qual ele congrega. Do contrario seria como se um cidadão brasileiro resolvesse pagar os seus impostos na Itália sob a alegação de que os políticos desta nação sejam pessoas corruptas.
“Compete a cada cidadão brasileiro pagar regiamente os seus impostos e os três poderes desta nação compete a obrigação de extirpar a corrupção”. Compete a cada cristão ser fiel tanto nos dízimos como também nas ofertas e Deus irá a seu tempo extirpar a todo aquele que estiver surrupiando o seu santo nome.  
Voltando às sementes: Não há como deixar de produzir frutos, quando se chega à época da colheita, a não ser que se viole a sua natureza ou que esteja plantada em terras estéreis a fidelidade de Deus é inquestionável e se em uma terra fértil uma semente gera milhares de frutos, imagine, ou tente imaginar a fecundidade das terras de Deus?!
Infelizmente por causa da falibilidade humana seu egocentrismo impede que Deus possa distribuir mais do que suas condições permitem como está escrito: Do que adianta ao homem ganhar o mundo, mas perder a sua alma.
Todo aquele que planta colhe do fruto que germinou da semente que ele lançou e ainda que não obtenha utópicos tesouros terá riquezas cujo valor transcende ao valor material.
                               É imprescindível que se chegue a um novo consenso que venha antagonizar esta consciência materialista referendando o fato de que a ambição difere de questões puramente pecuniárias.
                               Bens materiais podem ate fazer parte dela como um adendo, porém isto se converte na mais cruel escravidão que vai desde ganância, inveja, ao ódio, orgulho, violência e morte. O propósito de Deus é ver no coração de seus filhos a mais sincera isenção de sentimentos que podem tornar-se ópio da alma e ainda que esteja sendo enfatizado questões financeiras, existem tantos tipos de comportamentos que se tornam nocivos já que são oriundos de sentimentos que nutrem o egocentrismo que deturpa o caráter humano.
“Todas as coisas são possíveis a Deus, mas nem todas nos convém, todas as coisas são possíveis a Deus, mas nem todas nos edificam”.
 Prevalece a velha máxima! Deus dá o cobertor conforme o frio, pois sabe que se der em excesso o mesmo tornar-se-á sufocante, porém com certeza só ele sabe o que verdadeiramente nos torna confortável.
 Germinamos nossos núcleos absolutamente convictos de sua razão um tanto corporativista e egocêntrica e subjetivista fazendo da filosofia cristã uma sociedade alternativa.
Viva a sociedade alternativa!  “Como diz o refrão de um certo rock” E com esta sociedade alternativa a liberdade de vivenciarmos adequações que priorizam nossas convicções fazendo delas o principio básico para o nosso dia a dia e o importante é que todos tenham conhecimento do evangelho, mas que evangelho é este?    Nunca se viu tantos Apóstolos, Bispos, Reverendos que se alto proclamaram ou foram proclamados por seus incautos subservientes, o pior é que envolvem Deus em suas maracutáias, eu tenho pena deles!...
Como será o amanha?

E hoje profetizam não em nome de Deus, mas em nome de suas denominações que tornaram-se um verdadeiro império de luxo e ostentação....
  Nunca se viu tanto profeta de Mamom como ultimamente (Mt. 24). Nunca se viu tanto profeta eufemístico contemptível, mas o que é pior! Nunca se viu tanta gente corruptível sedenta para ouvi-los.

Porque virá tempos que não sofrerão a sã doutrina;
Mas tendo comichão nos ouvidos
Amontoarão para si doutores conforme
As suas próprias concupiscências
Desviarão os ouvidos da verdade
Voltando as fábulas.
_ 2º Timóteo, 4: 3 – 4 _

Continua...



Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. -João, 3:16-

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