terça-feira, 21 de junho de 2016

Teologia da prosperidade, 2ª parte

Deveríamos de sentir envergonhados por passar tanto tempo diante do espelho questionando a Deus as coisas que nos faltavam em vez de olharmos pela janela e por ela sairmos partilhando o que temos.



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Nós, como seres humanos, na maioria das vezes ficamos tão envolvidos na questão do ter que não importamos em primeiro ser, e eu particularmente compreendi que sou apenas um vislumbre do que foi a dignidade dos homens que fizeram historia em que muitos pagaram com a própria vida para que pudéssemos hoje exercer a nossa fé...

Vejo tantos homens e mulheres tão alheios obcecados, entorpecidos por esta teologia da prosperidade, que se esquecem de que ela é a vergonha desta nossa sociedade.

Pois ela é como a droga de quem vende, como craque pra quem compra, é o vicio que aprisiona tanto a quem compra como também a quem vende.
Pois quem vende quer extorquir na ganância do poder, e quem compra paga mais, na ganância de obter, ou vice e versa...

E num evangelho sem ter cruz, sem renuncia sem a luz, vejo um povo viciado, que não amam a Jesus.

E eu me sentindo tão imundo ao ver um paradoxal mundo paralelo lá fora a padecer, vejo a fome que assola a violência no viver.

É triste perceber que nós nos perdemos em um evangelho tão deturpado, vejo líderes conturbados que conturbam a razão de Jesus levar a cruz, que só falam em prosperidade dirimiram a dignidade e ofuscam com mentiras a beleza da verdade.

Todo homem genericamente falando tem uma enorme inclinação para se auto valorizar se auto prestigiar! E obviamente isto é bom!...

Porém o risco maior é quando este mesmo homem torna-se absurdamente egocêntrico.

Indiferente de credo religioso, de cor, de nível social, este é um mal que tem transformado a nossa sociedade extremamente individualista voltada para si mesma com o perdão da redundância...

Isto vai de um simplório e ignorante trabalhador a um imponente empresário,
outro dia eu me vi indignado com um suposto operário falo isto por causa de seus trajes, mas este suposto operário por sua vez não dava a mínima para os que viajavam no ônibus em pé e olha que havia até mesmo pessoas de idade!

Mas o que me indignou foi que este truculento homem não se deu nem ao desplante de colocar o seu pequeno filho no seu colo já que o mesmo ocupava todo o lado da janela...

O simples fato de eu ter olhado um pouco mais demoradamente para o seu filho foi o suficiente para que o homem me fuzilasse com os seus olhos e demonstrasse todo um interesse de partir até mesmo para um briga, com certeza se eu correspondesse estaria formado ali uma contenda, e pela estrutura do mesmo seria necessário um cindo de mim para segurá-lo.

Que péssimo exemplo aquela infeliz criança estava obtendo de seu pai, com certeza ele invariavelmente estava alimentando o seu egocentrismo que por si mesmo já é natural em uma criança, porém colhendo a filosofia de vida impetrada pelo próprio pai, a mesma iria crescer em um egoísmo abissal, uma arrogância e presunção sem precedentes, já que o pai não a preparava para ter que ceder abrir mão...

Parece um tanto sem lógica este assunto que estou abordando, mas deixa de sê-lo a partir do instante que presenciamos tantos acontecimentos que acabam em violência e a maioria deles deve-se a intolerância.

Mas voltando a questão do inicio, seja este mesmo ser humano um influente e notório personagem, ou seja, ele um rústico operário, todo aquele que unilateralmente impõe os seus conceitos egocêntricos faz com que esta sociedade se torne ainda mais individualista e com isto as incoerências acabam deturpando o andamento do bem estar social.

Toda razão jaz na sua prioridade, mas que nem sempre coadunam com a verdade.

O problema é mais complexo do que um truculento e ignorante pai de um menino mimado e chato, quantas vezes a verdade é deturpada por individualistas?

O pior é quando deturpam a verdade ao inferirem interesses próprios e nome da verdade germinam um pragmatismo extremamente nocivo e quem sofre mais com este tipo de comportamento é a teologia cristã onde em nome de Deus criam uma pseudo verdade cheia de heresias fazendo com que sofismas e mais sofismas sejam uma pratica existencial.

É triste quando percebemos que homens importantes se valem da sua influencia e com a sua força de persuasão impetram conceitos doutrinários subjetivistas em meio às verdades tangentes nas sagradas escrituras.

E são tão persuasivos que se os mesmo atestarem categoricamente que uma boa oferta nos livra do inferno, voltaremos imediatamente a idade média muito embora analogicamente vivenciamos esta mesma síndrome tão hedionda...

Queria tanto que as pessoas fossem mais prudentes ao assimilarem aquilo que amiúde a eles são impetradas e digo isto em todos os aspectos, mas principalmente na política e na teologia.

Na trajetória da minha vida vi homens que outrora possuíam um caráter insofismável, mas infelizmente por terem este caráter ilibado começaram a se sentir donos da sua razão e com isto trocaram esta mesma irrevogável verdade pela sede pela ganância e hoje vivem somente de aparências são respeitados pelo que possuem pelo que eles demonstram ter, mas na verdade apenas jazem nesta vida tão efêmera onde todos nós estamos morrendo paulatinamente... 

Aos que ainda trazem algum resquício de dignidade, a minha esperança e que ao lerem o que aqui está escrito, sintam seus brios ofuscados e em uma sincera introspecção revejam os seus conceitos.
Toda via sei que em relação aos cegos que se julgam inatingíveis, acima do bem e do mal, estes olharão para mim com olhos orgulhosos tendo-me como um pobre coitado.

Já em relação aos possuídos, fará com que se encolerizem contra o que estou dizendo e se não vivêssemos num país democrático com certeza eu seria apedrejado, como fizeram energúmenos déspotas líderes religiosos quando lançavam à fogueira ou martirizavam aos que eram contrario a fé que eles professavam.






Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, 
 para que todo aquele que nele crê não pereça, 
 mas tenha a vida eterna. 
-João, 3:16-

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