terça-feira, 2 de agosto de 2016

Olimpíada avassaladora.

Ah! Que bom seria!

Se toda esta alegria
tão volátil utopia
que agora neste instante
inebria contagia.

Ah! Que bom seria!

Se estes palcos ilustrados
se tornasse o estrado
de tantos que ficaram para traz
e não tem para aonde ir
eles voltassem a sorrir.

Ah! Que bom seria!

Se esta cena tão fantástica
fosse também tão bombástica
como as bombas que explodem
destruindo tantas vidas,

nestes campos tão hostis
que avassalam com a dignidade
envergonham a humanidade.

Ah! Que bom seria!

Se aqui nesta nação
temporária estação
cinco anéis de ilusão
que ludibria a multidão
fosse assim mais isonômica,

não houvesse tanta fome
como também tanta violência
que esta olimpíada fosse em Natal
para trazer um pouco mais de clemencia.

Se nos postos de saúdes
não se morresse amiúde
e a miséria não abundasse
encharcando nosso  açude.

Se as estradas esburacadas
e a nação tão saqueada
e com o orgulho em meu peito
como quem põe ouro no peito

eu tivesse o direito
de sair para trabalhar
e não andar tão cabisbaixo
com este maldito desemprego
sou só mais um dentre em milhões
que está pedindo um arrego

enquanto vejo um meliante
um politico militante
que roubou tanto
e segue avante...

Destruíram esta nação
Humilharam o cidadão
E parece sempre em vão
Pois no fundo eles vão
Se eleger na eleição
E de novo vão roubar
Eu não vejo a solução.



Sinto muito em ser do contra, não que o seja contra esta olimpíada, mas como se encher de orgulho quando estamos vivendo um terrível caos?

Como um desemprego avassalador, com uma violência avassaladora, com decadência na saúde avassaladora, com as estradas avassaladas, com a alma avassalada...

Eu vou tentar sorrir quando ver um brasileiro colocar uma medalha no peito, mas para isto eu vou tentar esquecer os mais de onze milhões que não conseguem colocar comida em sua mesa!...



Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. -João, 3:16-

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