Assentado à porta de uma academia
um sábio filosofo
em silêncio olhava e sorria
o sorriso mais sarcástico
reflexo da ironia.
E ria o poeta de tão bizarra alegoria
fosca e senil fantasia.
E com ares arrogantes
os seus integrantes
que entravam e saiam
a todo instante!
Menosprezavam ao poeta
que com suas vestes de trapos
destilava dos lábios
sublimes palavras
que somente os sábios
sabem proferi-las.
Mas os mestres pseudos
que receberam seus feudos
que foram ofertados
alienados da real sociedade
a qual na verdade
emanava em sua essência
toda dignidade.
E ignorava aos mestres
com suas funestas indumentarias
enquanto o filosofo poeta
assentado a porta da academia
ironicamente sorria
pois sua rebeldia
jamais o conduziria,
e nem mesmo ele queria
trocar os seus trapos
e toda a sua filosofia
por vestes profanas
que ignorância proclama.
Na verdade, eram apenas um mestre
que não possuía fama!
Mas trazia na essência
de Deus a clemencia
de ter nascido entre os sábios
pensamentos tão hábeis
não comprou o seu feudo
já que nasceu com este dom
e quem ouvia sua voz
sabia que ele era bom!
Nenhum comentário:
Postar um comentário