terça-feira, 16 de novembro de 2021

Academia de Letras



Assentado à porta de uma academia

um sábio filosofo

em silêncio olhava e sorria

o sorriso mais sarcástico

reflexo da ironia.

 

E ria o poeta de tão bizarra alegoria

fosca e senil fantasia.

 

E com ares arrogantes

os seus integrantes

que entravam e saiam

a todo instante!

 

Menosprezavam ao poeta

que com suas vestes de trapos

destilava dos lábios

sublimes palavras

que somente os sábios

sabem proferi-las.

 

Mas os mestres pseudos

que receberam seus feudos

que foram ofertados

alienados da real sociedade

 

a qual na verdade

emanava em sua essência

toda dignidade.

 

E ignorava aos mestres

com suas funestas indumentarias

enquanto o filosofo poeta

assentado a porta da academia

ironicamente sorria

pois sua rebeldia

jamais o conduziria,

 

e nem mesmo ele queria

trocar os seus trapos

e toda a sua filosofia

por vestes profanas

que ignorância proclama.

 

Na verdade, eram apenas um mestre

que não possuía fama!

 

Mas trazia na essência

de Deus a clemencia

de ter nascido entre os sábios

pensamentos tão hábeis

não comprou o seu feudo

já que nasceu com este dom

e quem ouvia sua voz

sabia que ele era bom!

 

 


Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, 
 para que todo aquele que nele crê não pereça, 
 mas tenha a vida eterna. 
-João, 3:16-

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