terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Quando lembro-me de você




 

Olhei para o espaço sideral

e vi uma nave solitária

que vagava no meu olhar

tão distante de mim mesmo.

 

Eu sonhava acordado

com os olhos abertos

coração sei tão fechado

e o ar tão rarefeito

com um imenso vácuo em meu peito.

 

Uma vontade que eu tenho

de quem sabe até talvez

poder voltar a sonhar,

mas maior sempre é o medo,

de voltar a chorar!

 

As estrelas se tornaram tão amigas

tão silenciosas como as lágrimas

quando lembro-me de você

enquanto em vão tento esquecer.

 

Há muito tempo secou-se a árvore do amor

já não me lembro da cor de sua flor,

mas ainda eu sinto o amargo sabor

muito embora tenha se exalado todo o odor

e ficou tão cinzenta a sua cor.

 

Vejo-me um velho cansado

sentando num canto calado

tão sereno, tão resignado.

 

Meu Deus, eu enterrei o meu passado

junto com aqueles que morreram comigo

machucando-me profundamente,

e agora sigo ano após ano

alheio a este mundo tão insano,

 

vagando neste espaço sideral

distante do bem e do mal

que um dia me fizeram

e sem saber me converteram

em um pondo perdido no espaço

vivendo na terra tão alheio

no regaço do meu veio

onde Deus se interveio

 

e tirou do abismo

que às vezes volta e meia

vem de volta me alertar

que não há nada neste mundo

eu não tenho o porquê ficar,

aqui nunca foi o meu lugar!




Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, 
 para que todo aquele que nele crê não pereça, 
 mas tenha a vida eterna. 
-João, 3:16-

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