Olhei
para o espaço sideral
e vi
uma nave solitária
que
vagava no meu olhar
tão
distante de mim mesmo.
Eu
sonhava acordado
com os
olhos abertos
coração
sei tão fechado
e o ar
tão rarefeito
com um
imenso vácuo em meu peito.
Uma
vontade que eu tenho
de quem
sabe até talvez
poder voltar
a sonhar,
mas maior
sempre é o medo,
de
voltar a chorar!
As
estrelas se tornaram tão amigas
tão
silenciosas como as lágrimas
quando
lembro-me de você
enquanto
em vão tento esquecer.
Há
muito tempo secou-se a árvore do amor
já não
me lembro da cor de sua flor,
mas
ainda eu sinto o amargo sabor
muito
embora tenha se exalado todo o odor
e
ficou tão cinzenta a sua cor.
Vejo-me
um velho cansado
sentando
num canto calado
tão
sereno, tão resignado.
Meu
Deus, eu enterrei o meu passado
junto
com aqueles que morreram comigo
machucando-me
profundamente,
e
agora sigo ano após ano
alheio
a este mundo tão insano,
vagando
neste espaço sideral
distante
do bem e do mal
que um
dia me fizeram
e sem
saber me converteram
em um
pondo perdido no espaço
vivendo
na terra tão alheio
no
regaço do meu veio
onde Deus
se interveio
e
tirou do abismo
que às
vezes volta e meia
vem de
volta me alertar
que
não há nada neste mundo
eu não
tenho o porquê ficar,
aqui
nunca foi o meu lugar!
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