Jamais andarei na beira de
um precipício para mostrar que sou corajoso, ou subirei nas mais altas
cordilheiras para que aplaudam o meu heroísmo.
Prefiro caminhar em terra
firma trazendo os pés fincados ao chão, não sou um aventureiro que delira viver
de emoção.
Trago comigo um conceito
consciente e conservador, de nunca querer ir além, nem desejo ser melhor do
ninguém, mas sonho em ser o melhor para alguém.
Pois na verdade, jamais quis
ser melhor do que os outros, mas sempre quis ser o melhor para os outros, desde
que isto não insufle o meu ego que sempre foi suscetível eu não nego, por isso
amiúde o nego, quando nego a mim mesmo.
O meu temor é constante o
que me torna mais vigilante o ser humano sempre foi inconstante, e como tal não
sou diferente, pois corro o risco de julgar-me por demais inteligente e
estupidamente, criar um falso deus em minha mente.
Olhando a enigmática
alvorada eu vi tantas estrelas no céu que brilhavam enfeitando este véu, pouco
a pouco uma a uma, seu brilham ia se apagando, também vi estrelas cadentes,
então me lembrei de tanta gente, que um dia brilharam, mas hoje não brilham
mais.
E ainda que eu veja o seu
brilho, há muito já se explodiram convertendo-se em enorme buraco negro, aí que
mora o meu medo, pois com o tempo aprendi o segredo.
Por mais que se esteja a
brilhar, com um brilho exponencial, eu vi um ser que andava na luz, mas que um
dia quis brilhar como Cristo Jesus, então eu vi Deus como homem, desfigurado
humilhado na cruz.
Foi então eu que compreendi
que sou fruto da graça que fluiu da luz, por isto renuncio o meu ego, e me
prostro diante de Deus, implorando ser apenas um servo, que foi resgatado
naquela cruz.
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