Há tanta arte nas ruas
de um povo que canta
que canta
enquanto encanta
e em todos os cantos
mesmo sofrendo
e aos prantos.
Não há arte nem encanto
em um pai de família,
que tenta viver
sem ter o que comer
quem dera se suas lágrimas
matasse a fome do filho.
Eu também sou artista
com a caneta na mão
mas sei que minha caneta
não mata a fome do meu irmão
e se escrevo só para mim
os meus versos são em vão.
Muitos cantam bonito
e faz sua voz ecoar
cobram caro para isto.
Mas se tornam omissos
na missão da igualdade
preterir o seu cântico
para trazer mais dignidade,
para um povo que sofre
que são artistas anônimos
sei não são tão harmônicos
pois não cantam e nem dançam,
mas não são o sinônimo
deste mal que surgiu
recrudesceu eclodiu
e uma nação sucumbiu.
O teatro é belo!
Belo é o prazer de atuar
de poder encantar
e as luzes da ribalta
reluzente a brilhar!
Mas a luz que há nos olhos
com as lágrimas se ofuscou
pois a crise é cruel
e a fome chegou...
Não sou contra a cultura,
mas é preciso entender
nos momentos de crise
é preciso viver!
E tentar resolver
abrir do supérfluo
do tão lúdico viver
para fazer então sorrir
quem perdeu as esperanças
de uma vida mais condigna!...
Pois o show não pode parar
é preciso voltar
com a vida sonhar!
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. -João, 3:16-
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